30.03.2017
O quanto economizar para comprar um imóvel?
O desejo de ter
uma casa para chamar de sua é compartilhado por milhões de brasileiros. No
entanto,economizar dinheiro para comprar um imóvel pode se tornar complicado,
principalmente em uma época de grave crise financeira e de incerteza no mercado
de trabalho.
Atualmente, 12
milhões de brasileiros estão fora do mercado de trabalho e com dificuldades
para encontrar uma vaga de trabalho. Por isso, algumas intervenções em seu
cotidiano e em seus gastos mensais pode ser o primeiro passo para se aproximar
do sonho da casa própria.
Nunca é fácil
economizar quando se tem algumas dívidas ou não se sabe exatamente o quanto
deve ser poupado todos os meses para não comprometer muito o seu orçamento.
Afinal, a compra de um imóvel é um investimento em longo prazo e ninguém deseja
viver com dificuldades por tanto tempo.
Quanto economizar para adquirir um imóvel?
Em um cenário
perfeito, o cidadão deveria economizar para ter o
dinheiro da entrada do financiamento e ter certeza de que
consegue pagar as parcelas dali em diante. E quem prefere pagar à vista, pode
fazer um bom negócio ao obter excelentes descontos no momento de negociar um
imóvel.
No entanto,
essa é uma situação bastante incomum, principalmente, em tempos de turbulência
econômica. Outra possibilidade é que o interesse consiga economizar até reunir
20% do preço total do imóvel. A primeira iniciativa pode se somar à quantia
destinada para a entrada.
Geralmente, as
linhas de crédito possibilitam o financiamento de até 80% do valor da
propriedade. Nesta situação, é recomendado deixar o seu dinheiro em uma
aplicação de baixíssimo risco, como a tradicional poupança. Lembrando que
entrada significativa ajuda a reduzir o valor financiado e, consequentemente,
no pagamento de juros.
Se você ainda
está se perguntando quanto deve economizar por mês, o valor desejado é 30% da sua renda atual. Assim, você já se adapta a
viver sem essa fatia de seu orçamento, uma vez que deve ser destinada para
pagamento do financeiro de seu imóvel que pode se estender por três décadas.
Fica evidente
que quanto mais você conseguir economizar menos vai pagar de juros. Todavia, a
maioria das famílias brasileiras acaba por recorrer ao financiamento
imobiliário e programas de incentivo do governo para realizar o sonho da casa
própria.
Como utilizar o FGTS para realizar o sonho da casa
própria?
Quem trabalha
de acordo com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) tem a possibilidade de
utilizar o saldo do seu Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS) para pagar totalmente, parcialmente ou dar como entrada
de uma casa própria.
Além disso, o
trabalhador que conta com cadastro no Sistema Financeiro Habitação (SFH) pode
utilizar esse saldo para pagar algum saldo devedor e ainda reduzir
consideravelmente a quantia das parcelas por até um ano seguido através do
sistema de financiamento.
Documentos necessários para uso do FGTS
Além de
economizar mensalmente, o cidadão pode direcionar o valor depositado no
seu FGTS para facilitar a compra de uma casa própria.
Para solicitar o financiamento, o trabalhador precisa mostrar o saldo da conta
do FGTS ou a sua carteira de trabalho profissional em uma agência da Caixa
Econômica Federal.
Hoje em dia,
aproximadamente 70% dos financiamentos de casas e apartamentos no Brasil são
feitos através da Caixa, principalmente, usufruindo do Fundo de Garantia. E
para ter essa chance, o trabalhador também deve mostrar a sua identidade,
certidão do imóvel de seu interesse e a declaração de imposto de renda.
Vale lembrar
que quem deseja adquirir um imóvel com a ajuda do Fundo de Garantia necessita
trabalhar com carteira de trabalho assinada há mais de 36
meses, não importando se de maneira consecutiva ou no mesmo serviço,
de acordo com informações do Portal Brasil.
Critérios para utilização do FGTS no financiamento
imobiliário
O brasileiro
não pode ser proprietário, sócio, usufrutuário ou cessionário de outra
propriedade de moradia dentro da zona urbana, de acordo com a Caixa Econômica
Federal, que é o banco responsável pela análise da utilização do FGTS.
O preço do imóvel não pode passar de R$ 650 mil na
maioria dos estados do País, com exceção de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo e Brasília que contam com um teto máximo de R$ 750 mil.
No entanto, o
Fundo de Garantia do Trabalhador não pode ser usado para a aquisição de uma
propriedade no campo, uma propriedade comercial, terreno ou material de
construção, sendo que os imóveis comprados com ajuda do FGTS só podem ser
vendidos depois de três anos.
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